Indo e vindo em Nova York

A cidade de Nova York é composta por 5 boroughs, que seriam distritos ou divisões administrativas.: Brooklyn e Queens que fazem parte da ilha de Long Island; Bronx que é única parte da cidade ligada ao continente e as ilhas de Staten Island e Manhattan, claro, o menor, mais povoado e famoso distrito nova-iorquino!  Além desses, vários distritos e cidades do próprio Estado de Nova York e também do vizinho Estado de Nova Jersey, fazem parte da região metropolitana.

No início pode parecer complicado, mas depois de entendida a logística é bem fácil se orientar em Nova York. De uma maneira geral, as avenidas cortam a cidade no sentido norte-sul e as ruas, no sentido leste-oeste. Os quarteirões são retangulares, sendo que a distância entre uma avenida e outra é muito maior do que entre as ruas.

Manhattan é dividida em três grandes regiões:

Downtown, que inclui bairros abaixo da rua 14; Midtown que é a área que fica entre as ruas 14 e 59; e Uptown, acima da rua 59. Cada uma dessas regiões é subdividida em vários bairros menores, conforme o mapa abaixo:

A famosa Quinta Avenida (5th Avenue) é uma espécie de eixo central, dividindo a cidade ao meio. Os endereços que estão a leste da 5ª avenida têm a letra E (East) acrescida ao endereço e os números vão aumentando em direção ao East River. Já os endereços a oeste têm um W (West) antes do nome da rua e crescem em direção ao Hudson River. Dessa forma, a rua W 34th Street está a oeste da 5th Avenue, ficando à esquerda no mapa, e a E 34th Street fica a leste, ou seja, à direita.

A maioria das ruas é denominada por números ordinais, como 2nd street, 14th street, etc. A numeração começa no sul da ilha (Downtown) e vai aumentando em direção ao norte (Uptown). Ou seja, quanto mais baixo o número, mais ao sul fica o endereço. As avenidas também são, quase sempre, denominadas por números. Assim fica mais fácil localizar um endereço: 7th Avenue entre a 28th e 29th streets, por exemplo.

Mas essa organização não vale para alguns bairros como Soho, Chinatown e outros, onde suas ruas têm nomes ao invés de números já que foram ocupados antes do planejamento urbano.

Transporte

O sistema de transporte público de Nova York é controlado pelo  Metropolitan Transit Authority MTA. Para usar o ônibus ou o metrô você deve comprar um Metrocard - um cartão que é um passe eletrônico - nas próprias estações de metrô, com dinheiro ou cartão de crédito e débito. Se for comprar com o cartão, irão pedir seu zip code (CEP), não se preocupe e digite qualquer número, essa informação só é necessária para cartões de crédito americanos. 

Existem dois tipos de MetroCard: o pay-per-ride que você escolhe o valor: preço unitário U$ 4, U$ 10, U$ 20, U$ 40 ou U$ 80 dólares. Quanto maior o valor, maior o desconto você terá no preço do passe único. Esse cartão pode ser usado por até 4 pessoas numa mesma viagem.

Outra opção é o cartão ilimitado (unlimited-ride), que pode ser usado quantas vezes forem necessárias (mas apenas por uma pessoa) durante 7 (U$29) ou 30 dias (U$104). Nesse caso, você terá que esperar 18 minutos para usar o cartão entre uma viagem e outra, o que impossibilita que mais de uma pessoa use o mesmo cartão.

O vídeo abaixo mostra como usar o metrocard, mas preste atenção pois os preços que estão desatualizados.

Ônibus

O preço da corrida de ônibus é U$2.50 e você pode pagar com o cartão Metrocard ou com dinheiro, nesse caso, você terá que usar o valor exato da passagem. Você mesmo coloca as notas e/ou moedas (alguns só aceitam moedas) numa maquininha que fica ao lado do motorista. Portanto, ande sempre com dinheiro trocado e já deixe separado antes de entrar no ônibus, não custa, né? Você ainda pode usar o mesmo ticket em outro ônibus, em até 2 horas. Pra isso, pegue o papelzinho que sai da máquina quando você coloca o dinheiro ou passa o Metrocard, a maioria das pessoas deixa lá.

Acesse aqui o mapa dos ônibus de Manhattan e aqui para saber os horários.

Metrô

O metrô é, sem dúvida, a melhor maneira de se movimentar pela cidade. Além de rápido e eficiente, cobre praticamente toda a cidade e funciona 24 horas por dia. Após a meia noite e aos finais de semana, o número de trens diminui e alguns saem de circulação, portanto fique sempre atento a isso. Além disso, nem todas as estações ficam abertas ou têm agentes durante todo o dia. Portanto, fique atento à sinalização na entrada. A lâmpada verde sinaliza que aquela entrada está aberta 24 horas; a amarela diz que a entrada só fica aberta durante o dia e a vermelha significa que aquela “entrada”, na verdade, só funciona como saída.

As linhas de metrô em Nova York são identificadas por letras ou por números e atendem Manhattan, The Bronx, Brooklyn e Queens. Já Staten Island é atendida pelo Staten Island Railway (SIR).

Mas antes de entrar em qualquer estação que esteja próxima a você, é melhor você saber exatamente para onde quer ir. Pois, apesar de as linhas de metrô cobrirem praticamente toda a cidade, elas geralmente não se conectam. Quase todas as linhas cruzam a cidade no sentido norte-sul (Uptown-Downtown). Apenas as linhas cinzas (L e S) cruzam a cidade na diagonal. Já para se locomover de leste a oeste, o melhor é pegar um ônibus ou ir a pé mesmo.

Assim, nem sempre a estação que está mais perto de você é a melhor opção. O ideal é você checar, primeiramente, qual a linha mais próxima de onde quer ir e, depois, ver qual é a linha mais próxima de onde você está.

Por exemplo: se você está próximo à 34th street, no lado oeste, terá que ver qual estação próxima é mais interessante para você, se a da 34th street na esquina com a 6ª avenida (Herald Square), se a da 34 street esquina com 7ª avenida (Penn Station), ou ainda a estação da 33th street esquina com a 6ª avenida.

Na entrada de cada estação há a informação de quais as linhas passam por ali, como mostrado na foto abaixo.

Ao entrar na estação é só seguir os painéis que indicam a linha que você deseja utilizar. Na plataforma, você encontrará indicações que informam quais trens param ali e em qual direção eles vão.

A informação também é dada dentro dos trens. Nas linhas mais novas o anúncio é automatizado e  a mensagem é dita claramente, mas nas linhas mais antigas, o maquinista é quem vai falando as estações, além do som ser baixo é praticamente impossível entender o que ele está falando. Algumas linhas têm painéis interativos que vão mostrando cada estação a medida que vão passando, em outras apenas um painel como os que conhecemos aqui e em outras, nem isso.

Uma coisa importante é entender que se você estiver indo para algum lugar mais ao sul de onde está, onde os números das ruas são menores, terá que pegar o metrô para Downtown (sentido Brooklyn). Já se quiser ir para as ruas com números mais altos, ao norte, pegará o metrô no sentido Uptown (sentido The Bronx e Queens).

Mas se mesmo assim, você pegou o trem para o sentido errado, é só você descer em qualquer estação e simplesmente pegar o trem na direção contrária.

Mas se o problema não for a direção errada, mas sim a linha errada, você terá que conferir se a linha que você deseja e a linha que você está se conectam em uma das grandes estações como Penn Station, Herald Square, Grand Central, dentre outras. Em último caso, você terá que sair da estação que estiver e procurar outra próxima que atenda a linha que você necessita.

Por essas e outras, estudar o mapa do metrô e estar com ele sempre em mãos é item de 1ª necessidade em Nova York.e pode ser adquirido gratuitamente nas estações do metrô. Mas antes de conseguir seu mapa, clique aqui para acessar o mapa do metrô e aqui para conferir o mapa do das linhas que funcionam durante a noite em Nova York e aproveite pra já ir estudando o metrô antes de chegar.

Outra coisa essencial é saber que existem dois tipos de trens: o expresso, que “pula” algumas paradas e só pára só nas principais estações; e o local, que pára em todas elas. A única vez que me perdi em Nova York foi por esse motivo. Peguei um trem expresso, sem saber que ele existia! Estudei o trajeto antes e sabia que tinha que descer 8 estações depois da que havia entrado. Durante a viagem, estranhei que o tempo entre uma estação e outra era muito longo, mas como nunca tinha pegado aquela linha, relaxei e fui contando as paradas e esperando ouvir, pelo sistema de auto-falante, o nome do lugar que eu tinha que descer.

De repente, ficou tudo claro e percebi que estava atravessando a ponte do Brooklyn!!!!! Levei um susto! Desci correndo na 1ª estação, peguei meu mapa, mas não conseguia entender o que eu tinha feito de errado! Enquanto eu esperava pegar o mesmo metrô de volta, resolvi aproveitar que já tinha cruzado a ponte e dar uma volta pelo Brooklyn que eu ainda não conhecia. Depois, pra voltar à Manhattan, peguei outra linha do metrô com medo de me perder de novo!

Só depois, contando esse caso pra uns amigos é que soube da existência desses dois tipos de trem. Para você não cair nessa “pegadinha” também preste atenção ao mapa do metrô que indica as paradas expressas por uma bolinha cheia, e as locais por uma bolinha vazia. A Dani Bispo do Comer e Coçar explica direitinho e mostra aqui nesse post como funcionam os trens  locais e expressos.

 No começo pode parecer meio complicado, mas seguindo essas dicas e consultando sempre o mapa, é tranquilo. Depois de um tempo, eu já estava até dando informação pras pessoas no metrô! rs

Path

O Path (Port Authority of New York & New Jersey) é um sistema de trens que liga os estados vizinhos de Nova York e Nova Jersey.

Como eu fiquei hospedada em Nova Jersey, na casa de uma amiga, usava o Path todos os dias. Gastava em torno de 15 a 30 minutos para chegar em Nova York, dependendo do lugar.

O esquema é o mesmo do metrô de Nova York, na verdade, o Path é quase como uma linha do metrô de Nova York. O metrocard é aceito normalmente e há também outro tipo de cartão, o SmartLink, que é exclusivo do Path.

Para saber mais sobre o Path, horários e trajeto, clique aqui.

Táxi

Os táxis em Nova York não são apenas táxis, eles são quase uma atração turística da cidade! É praticamente impossível tirar alguma foto da cidade sem que os charmosos táxis amarelos estejam lá compondo a foto. Eles aparecem não só em cartões postais, mas em pôsters, painéis, são estrelas de filmes e seriados e são até comercializados em camisetas, ímãs de geladeira e uma infinidade de outras coisas. Não é a toa que se tornaram um dos grandes ícones nova-iorquinos.

Mas aproveite os célebres yellow cabs enquanto pode. A partir de outubro de 2012, todos os 13 mil “amarelinhos” serão substituídos pela minivan NV200 da Nissan.

No ultramoderno carro os passageiros terão à disposição um local para carregar aparelhos eletrônicos, conectar aplicativos de USB, além de um sistema de telefone para falar com o motorista, neutralizador de odores, ar-condicionado e calefação, e ainda airbags em todos os bancos. Não bastasse todo o conforto e modernidade, o novo táxi foi projetado com teto panorâmico transparente para os passageiros apreciarem um dos principais atrativos de Nova York, seu skyline!

Enquanto isso não acontece, para usar o tradicional yellow cab, antes de ficar que nem louco com o braço esticado no meio da rua pra chamá-lo, preste atenção no medalhão (o painel luminoso com a placa do carro que fica em cima do táxi). Se apenas a parte do meio está acesa, o táxi está livre, mas se estiver tudo apagado, o táxi está ocupado.

Há quem diga que os táxis são baratos e vale a pena usá-los. Mas eu achei caro. Sem falar que você tem que dar 20% do valor da corrida de tip (gorjeta) para o taxista. Não existe nenhum lei que estabeleça isso, mas é um costume por lá. Sei de vários casos em que o taxista xinga até a 5ª geração dos passageiros que não deixam tip. Mas muitos turistas desavisados simplesmente não sabe dessa prática americana da gorjeta.

E é gorjeta pra tudo e o tempo todo! Taxistas, garçons (e não é só 10%), barmans, vendedores, manicures, portanto fique atento e prepare o bolso... ou se finja de bobo! rs

Sem falar que com um metrô eficiente e um trânsito caótico, não tem porque você gastar tempo e dinheiro andando de táxi em Nova York, salvo raras exceções, é claro!

Mas uma coisa é certa: a melhor forma de ir e vir em Nova York é a pé!!! Seja andando de uma atração a outra; batendo perna nas inúmeras lojas e nos enormes museus; caminhando nos parques, como o Central Park, ou simplesmente passeando pelas ruas dos diversos bairros da cidade... opção pra fazer a pé não falta!

É praticamente impossível alguém de voltar de Nova York com os pés intactos, eles vão doer e vão ficar destruídos. Portanto, vá preparado, use sapatos confortáveis e... go ahead! 

Saiba mais sobre Nova York. Leia também:

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