Alter do Chão é uma vila minúscula (não chega nem a 7 mil habitantes) no interior do Pará. Mas não se engane. Apesar do tamanho reduzido, o número de atrações turísticas de Alter do Chão é grande. Não vá achando que com apenas 2 ou 3 dias você conseguirá ver tudo. Impossível!
Lógico que, com esse tempo, é possível ter uma ideia, ver o basicão. Mas pra conhecer melhor o lugar, o ideal é ficar mais tempo! Eu fiquei 7 dias em Alter do Chão. Contando o dia de chegada e o de saída. Ou seja, 5 dias inteiros. Todos eles muitíssimo bem aproveitados. Viajei com uma amiga, em outubro (de 2019).
Nesse post vou falar sobre o meu roteiro de viagem em Alter do Chão, e especificar o que fiz cada dia por lá. Mas sugiro que, antes de ler esse post, você dê uma olhada nesse outro (Dicas de Alter do Chão) com dicas para você programar sua viagem. Quando ir, como chegar, onde ficar, onde comer, etc e tal.
1º DIA - Pôr do Sol no Rio Tapajós
Cheguei em Alter do Chão numa sexta-feira no meio da tarde. Já tinha pré combinado o transfer de chegada com o dono do bangalô que alugamos (falei mais a respeito disso aqui). Ele nos buscou no aeroporto de Santarém e, nos 40 minutos de estrada até Alter do Chão, nos deu algumas dicas do que fazer por lá.
Seguindo uma dessas dicas, logo depois que chegamos, fomos para o Lago Verde, que fica a uns 5 minutos do bangalô que nos hospedamos. Entramos pelo Hotel Beloalter e caminhamos pro lado esquerdo até uma praia que fica bem de frente para a ilha do amor.
E lá assistimos ao pôr do sol, de dentro do rio Tapajós. E, de quebra, ainda vimos o nascer da lua do outro lado. Lindo, lindo! Melhor maneira de começar a viagem não poderia ter!
Aquele por do sol (e nascer da lua) de boas vindas |
Voltamos caminhando para o bangalô e à noite fomos conhecer o centrinho da vila. Estávamos hospedadas um pouco afastado de lá, coisa de 10 a 15 minutos de caminhada, o que não é muito, mas o calor paraense deixa a coisa um pouco mais judiada.. rs 😅
Depois de jantar em um dos restaurantes que ficam na pracinha de frente à igreja, fomos para o bar da Dona Glória onde toda sexta-feira rola um chorinho por volta das 21h. É lá que todo mundo da cidade acaba a noite! Adorei o lugar, super animado e alto astral.
2º DIA - Lago Verde
Tiramos o dia pra curtir preguiça e relaxar! Optamos por não fazer nenhum passeio esse dia, só ficar curtindo as praias ali próximas mesmo. Dormimos até tarde e fomos para o centrinho tomar café da manhã e fazer compras no supermercado para os cafés, lanches e petiscos dos próximos dias.
Como era sábado, preferimos não ir na Ilha do Amor, que é a principal atração do lugar, de fácil acesso e costuma ficar lotada nos finais de semana. Optamos por passar o dia no Lago Verde, curtindo as diferentes praias do lugar. Dessa vez, caminhamos tanto para o lado esquerdo (que tínhamos ido no dia anterior), como para o lado direito do lago.
O dia no Lago verde foi de sombra e água fresca |
Passamos o dia alternando entre banhos de rio em várias praias diferentes que se formam ao longo do lago, banhos de sol na areia branquinha e descansando à sombra das árvores. Foi uma delícia.
Como o Lago Verde não tem nenhuma estrutura de barraca, nem bares, nem nada, almoçamos no restaurante do Hotel Beloalter. Comemos um peixe maravilhoso! Super recomendo.
Terminamos o dia, mais uma vez, assistindo ao pôr do sol na areia, na ponto do lago verde, já de frente pra ilha do amor, dessa vez.
Mais um lindo fim de tarde no Rio Tapajós |
3º DIA - Arapiuns
Esse foi nosso 1º dia de passeio de barco. Como já comentei no post Tudo o que você precisa saber sobre Alter do Chão, apesar dos passeios de barco ao longo do Tapajós serem o ponto alto do turismo de Alter do Chão, eles são um tanto quanto complicados.
O ideal é conseguir um barqueiro de confiança pra não correr o risco de ser "esquecido" e deixado pra trás ou pegar um barco não muito bom. Nesse nosso 1º dia, pedimos indicação pro cara que alugou o chalé pra gente e ligamos para o Deco (93 99132-6160), que agencia passeios e nos colocou no barco do Sabá, irmão dele. Deu tudo certo e tudo ótimo!
Fizemos o passeio no Rio Arapiuns. A 1ª parada foi na comunidade de Urucurea, que faz artesanatos lindos com as palhas coloridas de Tucumã.
Uma pequena amostra do artesanato feito com as coloridas palhas de tucumã. |
A 2ª parada foi na Praia de Trolonó, totalmente deserta. Uma delícia. Depois almoçamos na comunidade de Coroca. Comida caseira com 3 tipos de peixe por R$30,00. No lugar tem também um apiário e se pode fazer uma visita a uma trilha com tartarugas por um custo extra (R$20,00).
Depois do almoço fomos pra Praia de Ponta Grande, que é lindíssima, com águas azuis escuras e areia branquinha.
E, então, terminamos o dia em grande em estilo na Ponta de Cururu, com um dos pôres do sol mais bonitos que já vi. Foi lindo de ver o sol vermelho enorme se pondo dentro do rio enquanto os golfinhos pulavam na água.
Ponta de Cururu: mais um pôr do sol mágico em Alter do Chão. |
4º DIA - Ponta de Pedras
Nesse dia, o Deco nos indicou outro barqueiro, o Eduardo, para fazermos o passeio. Fomos para a Praia de Ponta de Pedras, que tem uma boa infraestrutura de barracas com cadeiras dentro d'água, e onde passamos grande parte do dia. Depois fomos para o Lago Tapari e fechamos o dia no Lago Preto, que tem água quentinha, uma delícia.
A deliciosa praia de Ponta de Pedras |
Fim de tarde no Lago Preto |
5º DIA - Canal do Jari
Fechamos o passeio desse dia e dos próximos direto com o Eduardo, o barqueiro do dia anterior. Ele também é dono da pousada Sombra do Cajueiro e faz passeios tanto para seus hóspedes, quanto pro público em geral. Você fechar o passeio direto na pousada ou ligando/mandando mensagem pro celular 93 99179-0556.
Nesse dia o passeio foi pro Canal do Jari, dessa vez, no Rio Amazonas. Navegamos pelo canal com suas construções de palafita. A 1ª parada foi para fazermos a "Trilha da Preguiça", uma trilha por uma parte de floresta, onde é possível avistar, além de preguiças, outros animais como o macaco da mão amarela.
Trilha da Preguiça com a estrela principal em destaque na foto rs |
Em seguida fomos visitar a Dona Dulce, que mantém um jardim maravilhoso de vitórias-régias, super fotogênico. O lugar é muito legal, não apenas pela beleza das vitórias-régias, mas também pelo incrível uso que a Dona Dulce tem feito delas.
O belo jardim de vitórias-regias da Dona Dulce |
É quase inacreditável a variedade de receitas que ela faz à base de, pasmem, vitória-régia. A visita tem até degustação com torta, biscoito, bolo, brownie, tucupi etc, são mais de 20 receitas diferentes, todas usando alguma parte da vitória-régia. Muito interessante.
Alguns dos quitutes de vitória-régia feitos pela Dona Dulce |
Saímos do canal do Jari e fomos almoçar, já no meio da tarde, no restaurante Casa do Saulo, que fica na Praia de Carapanari. Chegando de barco, pela praia, como fizemos, é preciso enfrentar uma longa escadaria de madeira até o restaurante. Além de uma decoração super charmosa e aconchegante, o restaurante tem uma vista linda da praia.
Restaurante Casa do Saulo |
Também é possível chegar de carro pela estrada que liga Alter do Chão à Santarém. Seja como for, vale muito a pena a visita. Então, se você vier da praia, não se assuste ao encontrar pessoas muito arrumadas, mulheres maquiadas e de salto alto.
Pra finalizar o dia, fomos até a Praia do Jutuba e depois para a praia do Jacaré assistir ao pôr do sol, que na verdade não existiu, já que o tempo estava nublado.
6º DIA - FLONA do Tapajós
No nosso dia de passeio fomos conhecer a FLONA (Floresta Nacional) do Tapajós. A 1ª parada foi na Ponta de Maguari, uma delícia de praia totalmente deserta.
Depois fomos pra comunidade de Jamaraquá, onde almoçamos, colhemos uns cajus do pé e fizemos umas comprinhas na lojinha de artesanato. Depois, caminhamos até o Igarapé de Jamaraquá, onde fizemos um passeio de barco e depois nadamos na prainha.
E, por fim, nos despedimos da FLONA do Tapajós na deliciosa Ponta do Jamaraquá.
Terminamos o dia na deliciosa Praia de Pindobal, na cidade de Belterra. Essa praia tem estrutura de barracas de palha. Foi lá que assistimos ao último pôr do sol da viagem.
7º DIA - Ilha do Amor e Serra da Piraoca
Nosso voo era no final da tarde, então tínhamos tempo suficiente pra curtir o dia. Já pensando nisso, deixamos pra visitar a Ilha do Amor, que fica bem de frente da vila e tem fácil acesso, nesse dia. Infelizmente, demos o azar de pegar o dia nublado. Mas faz parte, né?
Ilha do Amor (com a Serra da Piraoca ao fundo) |
Alguns dias antes, eu tirei essa foto da Ilha do Amor com sol. Quanta diferença, não é mesmo? |
Bom, mas antes de curtir o maior cartão postal de Alter do Chão, nós fizemos uma trilha até o alto da Serra da Piraoca (ou Piroca, como chamam os moradores locais). O início da trilha é na ilha do amor mesmo e é super fácil encontrar, é só perguntar que qualquer um sabe de dizer onde é.
A trilha até o topo leva menos de uma hora, não é uma subida muito difícil, mas o calor paraense judia. Nesse caso, demos sorte de pegar o tempo nublado, mas o calor continuava lá firme, forte e implacável! Portanto, quando mais cedo você, menos quente será. Nós começamos a trilha por volta das 8h da manhã.
No topo, tem uma cruz de ferro e uns banquinhos pra descansar, além de uma vista de 360º da região. Muito legal. Ficamos um tempo ali e descemos para tomar o último banho no rio Tapajós.
Nossa ideia era aproveitar e almoçar em uma das várias barracas da ilha mas, depois de um tempo, começou a cair uma chuvinha e decidimos comer em um dos restaurantes da vila, antes de irmos para o aeroporto.
E assim terminou nossa viagem para Alter do Chão, um lugar que eu sonhava conhecer há anos, desde quando estive no Pará pela 1ª vez, em 2003. Foram 7 dias curtindo esse paraíso amazônico, mais um pedacinho incrível nesse nosso Brasilzão.
👉 Se quiser mais detalhes de como chegar, onde ficar, onde comer e outras dicas, tá tudo nesse post aqui: Tudo o que você precisa saber sobre Alter do Chão
👉 No Instagram do blog (@revivendoviagens) tem um destaque com muitas fotos, vários vídeos e mais informações de Alter do Chão. É só clicar e ir direto para o Destaque Alter do Chão.
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