Você já pensou em visitar o Equador? Faz ideia das maravilhas naturais que o país possui? Aposto que não! A grande maioria dos brasileiros, nem considera incluir o Equador em uma viagem pela América do Sul. O que é uma pena!
Ou, quando resolvem incluir o Equador, o roteiro, geralmente, é apenas uma passagem rápida pela capital Quito, geralmente a caminho das ilhas Galápagos. Sim, as ilhas Galápagos fazem parte do Equador. Eu sei que muita gente não sabe disso. Antes e durante minha viagem, várias pessoas se surpreenderam com isso. Sei lá onde "vocês" imaginavam que Galápagos ficava haha
Bom, mas se você chegou até aqui é porque tem algum interesse pelo país, certo? Então bora lá conhecer meu roteiro de 26 dias no Equador!
ROTEIRO EQUADOR
Antes de começar a detalhar o roteiro, vou fazer um resumo rápido de como dividi meus dias por lá:
- Quito - 4 noites
- Otavalo - 2 noites
- Baños - 5 noites
- Quilotoa - 2 noites
- Latacunga - 1 noite
- Riobamba - 1 noite
- Cuenca - 3 noites
- Guaiaquil - 1 noites
- Galápagos (Ilha de Santa Cruz) - 3 noites
- Galápagos (Ilha de São Cristobal) - 3 noites
- Quito - 1 noite
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ROTEIRO
E também vale ressaltar algumas outras informações importantes aqui sobre o roteiro. A primeira coisa é que esse não era meu roteiro original. Ele foi modificado assim que chegamos lá. Quem me acompanha no Instagram, viu que eu perdi minha carteira de motorista no aeroporto de Guarulhos! Minha cara fazer isso, né? haha 😓
Pra completar, minha amiga esqueceu a dela em casa! E aí, como tínhamos alugado um carro para conhecer o vulcão El Reventador, além dos lagos e das termas de Papallacta, tivemos que abortar essa parte do roteiro. Foi aí que Otavalo, que havia sido retirado dos planos por falta de tempo, entrou em cena.
Mas tem alguma outra coisa que eu mudaria nesse roteiro? Sim! Eu trocaria a ordem de alguns lugares única e exclusivamente por uma questão de logística. É muito mais prático fazer o seguinte: depois de Quito (ou Otavalo) ir pra Latacunga ou Quilotoa (que são as cidades base para conhecer os vulcões Cotopaxi e Quilota, respectivamente). E, só depois disso, ir para Baños.
E por que não fiz isso então? Por causa do réveillon. Eu preferi passar a virado do ano em Baños, que é uma cidade bem estruturada, turística e animada do que em uma cidadezinha como Latacunga ou uma vila como Quilotoa. Esse é o motivo: feeesta! 🎉 haha
Fora isso, eu não mudaria mais nada! Achei a divisão de tempo em cada local excelente. Mas, assim, daria pra fazer esse mesmo roteiro em menos tempo? Claro! Mas, EU não curto viajar na correria, gosto de curtir os lugares com calma.
Bom, mas vamos ao que interessa: o roteiro detalhado dessa viagem.
QUITO
Chegamos em Quito no dia 24 de dezembro às 11h da noite. Isso mesmo, na véspera de natal! Pelo horário e pela data, preferimos reservar um transfer direto com a pousada que ficamos, a Posada Tambuca. Custou 24 dólares, basicamente o mesmo preço do táxi.
Como a pousada é familiar, foram os próprios donos que nos buscaram no aeroporto. E ainda separaram 2 pratos de comida (do jantar de natal deles) e uma cerveja pra mim e minha amiga. E isso foi por conta da casa mesmo. Nota 10 no quesito hospitalidade!
Nossa ceia de natal improvisada na Pousada Tambuca, em Quito. |
Nós tivemos 3 dias inteiros em Quito (e, depois, mais um dia e meio no final da viagem). Tivemos tempo suficiente pra conhecer a cidade com calma. E assim o fizemos. Nos permitimos dormir sem hora pra acordar e também não colocamos muitas atividades no dia. Usamos esses primeiros dias para descansar de toda correria dos preparativos da viagem e das festas de fim de ano (eita que dezembro é confraternização atrás de confraternização 😅).
Não sei vocês, mas eu geralmente começo as viagens MUITO cansada. Então, tenho aprendido a estabelecer um ritmo bem mais lento nos primeiros dias pra ir me adaptando. No caso do Equador, foi ainda mais essencial devido à altitude!
Quito está a 2.850 metros de altitude. Pode até não ser algo tão significativo quanto outras cidades sul-americanas especialmente na Bolívia e no Peru. Mas, mesmo assim, não dá pra negar os efeitos da altitude. Falei mais sobre altitude no Equador nesse post.
Vocês vão me ver falando isso outras vezes ainda, principalmente porque visitamos outros locais com altitudes que chegam a 5 mil metros nessa viagem. Então, guardem isso: NUNCA subestimem os efeitos da altitude! A aclimatação é essencial pra diminuir os efeitos e o sofrimento.
Bom, mas voltando ao nosso roteiro em Quito...
No nosso 1º dia na cidade, visitamos o TelefériQo. Como o nome já sugere, trata-se de um teleférico que nos leva mais de mil metros acima da base. Ou seja, dá pra imaginar que as vistas lá de cima sejam lindíssimas, né? E que seja bem mais frio do que lá em baixo também. Então, leve um caso extra!
Lá em cima tem várias trilhas que podem ser feitas. Mas, como era nosso 1º dia de viagem e ainda não estávamos aclimatadas com a altitude, preferimos não fazer nada que nos exigisse muito. Só de subir alguns morrinhos e degraus já nos sentíamos cansadas. Lembrando que, lá em cima, a altitude chega a 4 mil metros. Ficamos lá algumas boas horas, caminhando lentamente e apreciando os vários mirantes do local.
No meio da tarde, voltamos à cidade para conhecer o bairro que estávamos hospedadas, La Mariscal. Passamos um tempo no Parque El Ejido e fomos caminhando pelas ruas do bairro, até a Plaza Foch, que fica próxima a nossa pousada e é o coração boêmio da cidade. Por lá jantamos e fomos dormir.
Começamos o dia seguinte com um free walking tour no descolado bairro La Floresta e suas artes de rua.
Após o almoço, fomos visitar a Fundação Guayasamin, situada na bela casa onde morou o famoso pintor local, Oswaldo Guayasamín, e que foi transformada em museu após sua morte. Logo ao lado, fica a Capila del Hombre, que visitamos em seguida. O ticket custa 8 dólares e é válido para as 2 atrações.
E no fim do dia, fizemos um outro free walking tour, pelas ruas históricas do bairro de Guápulo com foco em comida de rua. Finalizamos a noite na cervejaria artesanal Abysmo, onde rola quase uma baladinha, com música ao vivo, mas todo mundo sentado. Esse é o meu tipo de lugar! haha
Nosso 3º dia foi todo dedicado ao parque Mitad del Mundo, local construído para demarcar a "metade do mundo", pois era ali que achavam que passava a linha do Equador. Hoje, sabe-se que houve um erro de cálculo e o local correto fica a alguns quilômetros de distância.
À noite, fomos conhecer outra cervejaria artesanal local, a Bandido Brewing. Uma graça de lugar, localizada numa antiga capela, próximo ao centro histórico da cidade.
Quito, Equador |
OTAVALO
A cidade de Otavalo fica quase 100km ao norte de Quito e é conhecida por ter a maior feira indígena da América Latina, que acontece todos os sábados nas ruas da cidade. Como expliquei acima, tivemos que mudar nossos planos e Otavalo entrou no roteiro de última hora, principalmente por termos justamente o sábado livre.
Pegamos um ônibus ($2.50) na rodoviária norte de Quito, o Terminal de Carcelen. E depois de mais ou menos 2 horas de viagem, chegamos em Otavalo no início da tarde. Ficamos hospedadas no Hostal El Rustico, que fica muito bem localizado entre a feira e a praça principal.
Uma tarde foi tempo suficiente para conhecer a cidade e também a famosa feira de artesanato. Mas, sendo bem sincera, a não ser que você queira fazer compras específicas, não achei a feira grandes coisas não. Os produtos os mesmos e os preços são bem parecidos, e em alguns casos até maiores, dos que os praticados em Quito. Logicamente, a variedade é em Otavalo é bem maior.
Otavalo |
Mas, EU particularmente, não acho que valha a pena visitar Otavalo só por causa da feira, como vi muita gente fazendo a partir de um bate e volta de Quito. Agora, se a ideia for conhecer algo mais dos arredores da cidade, aí a coisa já muda de figura.
No nosso outro dia na cidade, fomos visitar a Laguna Cuicochoa, que fica na cratera do vulcão Cotocahi. Para chegar lá, é só pegar um ônibus, na rodoviária de Otavalo, para Quiroga ($0.25) e, de lá, um táxi ($5) até Cuicochoa.
Nós fizemos a volta completa na lagoa e foi bem mais puxado que imaginávamos. A trilha tem "apenas" 14km, mas a altitude de mais ou menos 3.500 deixou tudo mais difícil, principalmente nas subidas! 😅 Mas as paisagens são lindíssima e vale muito a pena o esforço.
No fim da trilha, pegamos um dos vários táxi ($6) que ficam ali e fomos almoçar na cidade histórica de Cotocachi, que dá nome ao vulcão. E lá pegamos o ônibus de volta ($0.25) para Otavalo.
A belíssima Laguna Cuicochoa |
Como mudamos o roteiro original na última hora, não sabíamos como ir de Otavalo para Baños. Descobrimos três opções:
1- Ibarra-Baños: O ônibus sai de Ibarra (cidade que fica ±30km ao norte) direto para Baños, mas não entra em Otavalo. Então, teríamos que pegá-lo na estrada, aí não quisemos arriscar e acabamos desistindo. Mas, depois, ao longo da viagem, descobrimos que isso é algo muito comum por lá, inclusive fizemos algumas vezes.
2- Otavalo-Quito-Baños: Nessa opção teríamos que pegar 3 ônibus. Pois, o ônibus de Otavalo para Quito chega no terminal norte da cidade. Aí teríamos que atravessar toda a cidade até o terminal sul, de onde saem os ônibus para Baños.
3- Otavalo-Ambato-Baños: Consideramos essa a melhor opção pois pegaríamos apenas 2 ônibus e não teríamos que passar dentro de Quito, como na opção anterior. Ou seja, evitaríamos trânsito e ganharíamos tempo.
Se quiser saber mais sobre transporte no Equador, dá uma olhada nesse post: Dicas para planejar uma viagem ao Equador.
BAÑOS
Como mudamos nossos planos de viagem, chegamos em Baños um dia antes do planejado e já não havia mais vaga no hostel que havíamos reservado. Assim, ficamos 1 noite no hostel Plantas y Blanco que tinha sido nossa 2ª opção na cidade. No dia seguinte, mudamos para o Great Backpackers, onde ficamos mais 4 noites.
Baños é uma delícia de cidade. Dos 4 dias inteiros que passamos lá, apenas 2 foram dedicados a conhecer os atrativos do local. Nos outros 2 ficamos quase que totalmente por conta do réveillon que, aliás, é sensacional. Super diferente do que estamos acostumados a ter no Brasil... e mesmo em outros países do mundo.
Farei outro post específico sobre Baños, onde explicarei melhor sobre o réveillon. Mas já adianto que a coisa tá mais pra carnaval, porque geral sai fantasiado. Ahh e a festa já começa no dia 31 pela manhã, vários grupos de pessoas fantasiadas e muitos homens vestidos de mulheres "desfilam" e dançam pela cidade. É super divertido acompanhar toda essa movimentação.
À noite, a diversão é ainda maior e se espalha por toda a cidade. Uma tradição bem legal que existe é, à meia noite, queimar os monigotes (bonecos de políticos, personagens, super heróis ou mesmo pessoas comuns) pra dar deixar as coisas ruins pra trás e trazer sorte no ano que se inicia. Nós, entramos na brincadeira, arrumamos uns adereços "carnavalescos" e queimamos nosso monigote também, claro! 😍
O réveillon diferente de Baños, no Equador. |
O 1º dia do ano foi exclusivamente dedicado à curar nossa ressaca! 🙈😓 No dia 2, fizemos a parte alta de Baños, digamos assim. Visitamos La Casa del Arbol e seu "balanço do fim do mundo", o Vuelo del Condor, e seu balanço de 30 metros de altura, chamado de "A Fera" e, finalizamos o dia nas Termas Luna Runtun.
No nosso último dia foi dedica à Ruta de las Cascadas. A ideia inicial era fazê-la de bicicleta, mas o dia amanheceu chuvoso e acabamos desistindo. Contratamos um motorista que cobrou 25 dólares e ficou umas 3/4 horas conosco. Paramos em várias cachoeiras diferentes, fizemos zipline (tirolesa), andamos de tarabita e nos encharcamos entrando debaixo da queda do Paillón del Diablo.
Baños, Equador |
VULCÕES QUILOTOA E COTOPAXI
Como eu disse inicialmente, se não fosse o réveillon, depois de Quito (ou Otavalo), faria muito mais sentido fazer os vulcões primeiro e então ir pra Banõs. Fica a dica então, pra quando vocês forem.
Bom, vocês podem estar se perguntando por que eu não fiz apenas um bate e volta pros vulcões, a partir de Quito, como a imensa maioria das pessoas faz? Simples, 1º porque eu não gosto muito de tours desse tipo, só quando não tem jeito mesmo. E nesse caso, tinha!
Prefiro fazer por conta própria pra aproveitar os lugares do meu jeito e no meu tempo, além de economizar, claro! Então, não fazia sentido nenhum eu pagar caro (tipo 50/60 dólares por pessoa) e ficar horas dentro de um ônibus pra fazer um bate e volta cansativo e corrido, sendo que eu poderia fazer muito melhor por conta própria! Concordam?
Respondi a essa pergunta no Instagram (inclusive tem destaque com várias dúvidas respondidas sobre a viagem). Resolvi trazer essa imagem aqui porque está bem ilustrativa. |
Sendo assim, em Baños eu peguei um ônibus até Latacunga (1:45 min - $2.50) e outro de Latacunga para o vilarejo de Quilotoa (1:40min - $2.00). Você pode fazer o mesmo saindo de Quito, é só pegar um ônibus pra Latacunga e depois outro pra Quilotoa.
Muita gente, inclusive, usa Latacunga como base para conhecer, não só o Cotopaxi, como também o Quilota. É uma opção se você não quer ficar mudando de hospedagem. Mas eu preferi economizar as quase 2 horas de viagem pra ir e pra voltar.
Outra ideia é ficar em Zumbagua, que fica a menos de meia hora de Quilotoa. Mas a gente preferiu ficar em Quilota mesmo. Nos hospedamos a poucos passos do vulcão, no Martitas's House Hostel e eu super recomendo pra quem, como nós, curte uma cidadezinha. Digo, uma micro vila mesmo.
Chegamos no povoado no meio da tarde e fomos logo admirar o belíssimo lago formado na cratera do vulcão Quilota. Alguns minutos depois, uma neblina forte tomou conta de absolutamente tudo e não conseguíamos enxergar absolutamente nada! Se tivéssemos ido lá só pra um bate e volta, teria sido decepcionante pois nem tivemos tempo de curtir o lugar direito.
Mas, como tínhamos tempo, relaxamos. Entramos em um dos restaurantes, tomamos um locro de papa (uma sopa local típica) e ficamos lá nos aquecendo do frio congelante. Depois de algumas horas, a neblina se dissipou e voltamos à Laguna.
No dia seguinte, fizemos a volta completa na lagoa. Das 4 trilhas que fiz nessa viagem, pra mim, essa foi a mais cansativa. O desnível é muito grande. Tem muita descida e, pior, muita subida, pior ainda, subida íngreme! E isso é agravado pelos 4 mil metros de altitude! O previsto era fazermos a volta toda em 6 horas.. levamos quase 8 horas! Mas fizemos! Parando pra tomar fôlego sempre, mas fizemos! E isso é o que importa!
A bela Laguna Quilotoa. Fala se não vale todo e qualquer esforço? |
No dia seguinte, aproveitamos pra descansar e dormir até mais tarde e, então, pegamos um ônibus de volta à Latacunga. Ficamos hospedadas no Hotel Rosim, que tem ótima localização, próximo à praça principal.
No outro dia, pegamos um ônibus com sentido Quito (pagamos $1.50) e, menos de meia hora depois, descemos na entrada do Parque Nacional Cotopaxi. Para entrar no parque, é obrigatório estar acompanhado por um guia local. Mas, logo na entrada, você encontrará vários guias oferecendo o serviço em suas caminhonetes.
Depois de uma certa negociação, fechamos por 50 dólares um guia privativo que ficou conosco cerca de 5 horas. Farei outro post explicando tudo com mais detalhes. Mas digo que, embora eu não tenha muitas fotos de lá, e as que eu tenho não são lá grandes coisas, o Parque é simplesmente maravilhoso! Merece, e muito a visita. A subida no vulcão até o refúgio não é fácil. Mas é curtinha, apenas 1.5 km. Vale muitíssimo a pena todo o esforço feito nos quase 5 mil metros de altitude!
Parque Nacional Cotopaxi, Equador |
RIOBAMBA
Riobamba foi outro lugar que entrou no roteiro de última hora. Nossa ideia inicial era pegar um ônibus noturno de Latacunga direto para Cuenca. Mas acabamos desistindo. 1º porque não existia nenhum ônibus direto que saísse da rodoviária da cidade. Aí ficamos meio assim de ir pra estrada à noite pegar o ônibus, até porque os horários eram reduzidos, se perdessemos um...
E 2º porque repensamos a ideia de passar a noite no ônibus, seriam ± 8 horas de viagem. Eu não durmo quase nada em ônibus, nem em avião ou qualquer outro meio de transporte. Aliás, dormir pra mim é só na cama e ponto! Eu sei, a idade chegou mesmo 👵
Sendo assim, resolvemos dormir em Riobamba para quebrar a viagem. Como ainda era dia e existiam várias opções de ônibus para Riobamba, pegamos o ônibus na estrada de Latacunga, sem problema algum. Quer dizer, como não tinha mais lugar no ônibus, eu fiz grande parte da viagem (de 2 horas) sentada no lugar do trocador, lá na parte da frente.
A parte boa disso é que tive uma vista incrível da estrada e dos vários vulcões do caminho. Incluindo o Chimborazo, o maior do país! Aliás, Riobamba é a melhor cidade base para quem quer visitar o Chimborazo. Infelizmente, não tivemos tempo pra isso. Mas, fica a dica, caso se interessem.
Vista privilegiada durante a viagem de ônibus e vista do Chimborazo em uma das ruas de Riobamba. |
Ficamos hospedadas em um dos hotéis que fica de frente pra rodoviária. Não lembro o nome, mas que reservamos lá na hora mesmo. Caso queria se programar melhor e reservar com antecedência, dê uma olhada aqui nas opções do Booking.
CUENCA
No dia seguinte, às 7:30 da manhã, pegamos o ônibus em Riobamba para Cuenca. Foram mais ou menos 6 horas de viagem. Não lembro ao certo o preço da passagem, mas foi algo em torno de 7 a 8 dólares.
Cuenca é uma graça de cidade, a mais fofa das que eu visitei no Equador. Não sei se é porque eu amo cidade histórica, mas fiquei totalmente encantada por Cuenca. Ficamos hospedadas num quarto duplo do Selina Hostel que, por si só, já é uma atração a parte. O lugar é super aconchegante e fica num prédio histórico enorme e lindíssimo!
Ficamos 3 noites lá. Tivemos um dia e meio para caminhar muito pela cidade e conhecer bem alguns de seus bares e restaurantes fofos. Também fizemos um free walking tour pra conhecer melhor um pouco da história de Cuenca.
A fofa cidade de Cuenca, no Equador |
E um dia reservamos para o Parque Nacional Cajas, que fica a cerca de 40 minutos de ônibus de Cuenca. O lugar é lindíssimo! Cada paisagem de tirar o fôlego. Tem várias trilhas, com tempo de duração, dificuldade e quilometragem diferentes. Mas, de novo, fica aqui a cautela em relação à altitude de quase 4 mil metros que deixa tudo mais complexo.
De toda forma, pra mim, essa foi de longe a trilha mais tranquila que fiz nessa viagem. A rota que eu fiz (rota 1) não tinha muitos desníveis e, embora seja descrita como "moderada", pra mim, acabou sendo nível fácil. Até porque já estava bem aclimatada depois de quase 3 semanas no Equador e feito outras trilhas mais puxadas antes.
Parque Nacional Cajas, Equador |
GUAIAQUIL
De Cuenca, fomos para Guaiaquil, de ônibus também. A viagem durou cerca de 4 horas. Guaiaquil disputa com Quito o título de maior cidade do Equador. É, realmente, uma grande metrópole e não tem lá muito o que fazer, turisticamente falando. Só entrou no nosso roteiro pois era muito mais fácil e rápido pegar um voo de lá para Galápagos, do que voltar para Quito para fazer isso.
Tivemos apenas uma tarde e uma noite na cidade, mas foi tempo suficiente para conhecermos o principal: o Parque das Iguanas, a Catedral da Cidade, o belo prédio da prefeitura, o Malecón 2000 e o bairro Las Peñas, meu local predileto na cidade.
Ficamos hospedadas no Hotel del Centro, que tem localização excelente e nos permitiu fazer tudo caminhando!
Guaiaquil, Equador |
GALÁPAGOS
Ainda farei um post exclusivo sobre Galápagos dando mais detalhes sobre as ilhas. Por hora, farei apenas um breve resumo aqui. Conheci as 2 principais ilhas: Santa Cruz e San Cristóbal. E fiquei 3 noites em cada uma delas.
A passagem de avião do continente para as ilhas não costuma ser barata, coisa de 600 a 1000 reais cada trecho, em média. Dá pra encontrar mais barato? Em promoção sim! E dá pra achar mais caro também! rs
O que eu fiz? Fui de milhas. Paguei 12 mil milhas cada trecho no site da LATAM e assim economizei uma boa grana. Mas algumas coisas não tem como fugir, como as taxas, por exemplo.
No aeroporto de Guaiaquil (ou de Quito) é preciso pagar 20 dólares referentes à Tarjeta de Control de Tránsito a Galápagos. Chegando lá, paga-se mais uma taxa de 50 dólares (para sul-americanos) para entrar no Arquipélago.
Como nossa grana e também nosso tempo eram curtos, não fizemos nenhum dos grandes e caríssimos passeios de barco oferecidos nas ilhas. Procuramos gastar o menos possível e fazer muita coisa por conta própria, quando possível. Mas caso você não abra mão, vá com o bolso preparado para pagar de 100 a 250 dólares por passeio 💸
ILHA DE SANTA CRUZ
Logo que chegamos em Santa Cruz, contratamos um taxista para nos levar em Porto Ayora (cidade principal da ilha), mas antes passar em alguns pontos turísticos do caminho. Assim, ganhamos tempo e economizamos dinheiro. Ele nos cobrou 50 dólares e nos levou nas crateras gêmeas Los Gemelos, no Rancho Primicias, para ver as tartarugas gigantes e nos Tuneles de Lava.
No dia seguinte, fomos caminhando até a praia Tortuga Bay pela manhã e à tarde fomos conhecer a Estação Científica Charles Darwin. No outro dia, combinamos com o mesmo taxista de nos levar até El Garrapatero, a praia mais bonita da ilha de Santa Cruz, que fica a pouco mais de meia hora de Porto Ayora.
Combinamos um horário para ele nos buscar na praia e nos levar no Columpio Magico, um balanço com vista privilegiada (bem no estilo dos de Baños) que ficava no caminho. Pagamos 50 dólares por tudo. Seria 40 se fôssemos apenas para a praia. Mas como acrescentamos 1 parada, ele acrescentou 10 dólares a mais.
No nosso último dia, como só tínhamos a manhã livre, pois nossa lancha para San Cristóbal saía às 14h, optamos por fazer um passeio curto de barco, chamado Tour de Bahia, que custou 35 dólares por pessoa. Conhecemos a Playa de los Perros, o Canal de los Tiburones, o Canal do Amor e a Loberia, além de 2 paradas para snorkelling, uma delas no Las Grietas e na Punta Estrada, onde tivemos a sorte de nadar com tubarões martelo.
Ficamos hospedadas no Hostal Gardner que tem excelente localização. Bem no meio da "confusão", perto de absolutamente tudo!
Ilha de Santa Cruz, Galápagos |
ILHA DE SAN CRISTÓBAL
Depois de uma hora de atraso para sair nossa lancha, chegamos em San Cristóbal por volta as 17:30 ainda a tempo de ver o belo entardecer do porto mesmo. Passamos o dia seguinte todinho na praia La Loberia, que é excelente para snorkeling. Lá também fizemos uma pequena trilha até um mirante belíssimo, que fica no lado esquerdo da praia. Pagamos de 3 a 4 dólares de táxi cada trecho.
Começamos o dia seguinte no Centro de Interpretação do Parque Nacional. Em seguida fizemos uma trilhazinha até o Mirador Cerro Tijeretas. E então, descemos até Las Tijeretas, onde nos refrescamos e fizemos snorkelling. Conhecemos também a Playa Mann, a principal da cidade, e a Punta Carola, onde fizemos mais snorkelling e assistimos ao pôr do sol. Tudo a pé.
Ficamos hospedadas na Dolphin House, uma pousada familiar, onde todos são muito solícitos. Nos deram todas as explicações possíveis sobre a ilha, nos forneceram snorkel e pé de pato de qualidade (por 5 dólares) e nos levaram ao aeroporto, como cortesia da casa!
Ilha de San Cristóbal |
QUITO
No dia seguinte, logo pela manhã, pegamos nosso voo de volta pra Quito, onde ficamos mais 1 dia e meio. Como chegamos de dia, preferimos pegar um ônibus no aeroporto até o Terminal Rio Coca (2 dólares) e depois um táxi ($6.50) até nosso hostel. Um táxi direto do aeroporto sairia por mais ou menos 25 dólares.
Dessa vez, ficamos hospedadas no Centro Histórico no Hostel Masaya, que tem uma localização excelente. Como já havíamos conhecido muita coisa na cidade, optamos por ficar só por ali no Centro Histórico mesmo. O máximo que fizemos foi visitar a Virgen de el Panecillo, que não fica no centro histórico, mas está bem próximo dali.
Centro Histórico de Quito |
E assim, terminou nossa viagem incrível por esse país surpreendente! Ainda tenho muito para falar do Equador, mas esse post já ficou grande demais! Farei outros depois para falar com mais detalhes sobre tudo. Enquanto isso, qualquer dúvida é só deixar aqui nos comentários.
E pra quem não acompanhou a viagem ao vivo, salvei todos os vídeos que fiz nos destaques do Instagram. Tá tudo separado por destinos. Tem, inclusive, um destaque só com as dúvidas e perguntas que me fizeram. Não deixem de conferir: www.instagram.com/revivendoviagens. Também dei várias dicas nas fotos que do feed, é só entrar lá e procurar pela hashtag #RêvivendooEquador
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Tá indo viajar?
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Oi, Renata. Tudo bem? =)
ResponderExcluirSeu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Oi Natalie,
ExcluirMuitíssimo obrigada. Sempre um prazer fazer parte do linkódromo!
Que viagem maravilhosa pelo Equador! Aguardando os posts sobre Galápagos.
ResponderExcluirJá já eles saem! :)
ExcluirMuito legal seu roteiro com dicas do Equador, está bem completo e quero conhecer!
ResponderExcluirVai adorar quando for
ExcluirAdorei o roteiro! Se tiver a chance de ir esse ano no Equador, nem vou saber por onde começar, pois vou ter que resumir pra uns 10 dias. Valeu pelas dicas!
ResponderExcluirRealmente é difícil montar um roteiro pra lá. Bom, mas 10 dias já dá pra conhecer alguma coisa :)
ExcluirExperiência sensacional, adorei o roteiro.
ResponderExcluirRealmente foi! :)
ExcluirOba, o post que estava esperando! Agora posso planejar minha viagem ao Equador já tendo muito menos trabalho de pesquisar em mil lugares e sem passar por mil perrengues hehee
ResponderExcluirHahaha vai adorar o Equador! :)
Excluirque demais ver o equador por aqui, é um destino que pouca gente visita e eh tao cheio de cultura e cor! gostei muito do seu roteiro
ResponderExcluirVerdade, o Equador é um lugar interessantíssimo, mas ainda é muito pouco conhecido por brasileiros
ExcluirRenata, em Galapagos recomendo se ficar hospedado num dos pequenos navios existentes, talvez para menos de 100 pessoas, onde há um biólogo e serviço de bordo razoável. Dessa forma não se perde tempo, além do desconforto, de longas viagens de lancha -ida e volta-de San Cristovan, entre os pontos de interesse. Dessa forma, apesar de aparentemente dispendioso, o aproveitamento é 100%, sempre lembrando que nas ilhas as acomodações e restaurantes e passeios sao todos muitos caros.
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Sim, até cogitamos ficar em navios, mas realmente estava fora do nosso orçamento. Não fizemos viagens longas de lancha, optamos por passeios mais próximos e por curtir as ilhas mesmo. Ainda tenho vontade de voltar. Quem sabe nessa próxima vez, com mais dinheiro, eu consiga ficar num navio? De toda forma, eu amei Galápagos. È um lugar incrível, não é!
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